BIÓPSIAS
Diferentes doenças podem afetar o fígado e muitas vezes os exames de sangue e de imagem não são suficientes para determinar qual a patologia que está prejudicando o seu funcionamento. Assim, é comum ser necessária a retirada de um pequeno fragmento do parênquima do fígado, para ser enviada para análise e ser possível determinar o que estaria ocorrendo de errado com ele.
Esse procedimento é a biópsia. Ela é comumente guiada por ultrassonografia, de modo que a agulha de biópsia desvie de estruturas nobres e evite complicações.
Esse procedimento pode tanto ser realizado em fígados nativos (que são da própria pessoa), quanto em fígados transplantados que apresentem alguma piora de função. Nesses dois casos, a biópsia é randômica, ou seja, a biópsia é feita de qualquer local do parênquima hepático, já que é uma doença difusa do fígado.
No entanto, esse mesmo procedimento pode ser realizado no caso de lesões hepáticas focais, em que é necessário que uma lesão alvo (por exemplo, uma metástase de um tumor) seja biopsiada e o ultrassom ou tomografia computadorizada permitem que a agulha chegue nessa lesão e evite outras estruturas.
É um procedimento realizado com anestesia local (ou como uma leve sedação) e o paciente costuma ter alta no mesmo dia após um curto período de observação.
Em casos específicos, em que o risco de sangramento é mais alto que o habitual, por algum motivo (como problemas graves de coagulação), essa biópsia pode ser realizada por meio de uma acesso através da veia jugular (uma veia no pescoço), de modo que em uma eventual complicação com sangramento, esse sangue do fígado acabaria sendo drenado para o interior da veia hepática, sem maiores repercussões.